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Introdução

    Quando as pessoas envelhecem, em particular as mulheres, ocorre muitas vezes uma perda de altura e peso, bem como o desenvolvimento de uma postura inclinada. Uma doença que enfraquece os ossos chamada osteoporose, muitas vezes, modifica a postura corporal. Esta doença é caracterizada por perda de massa óssea e deterioração estrutural do tecido ósseo, o que leva a uma fragilidade óssea e susceptibilidade aumentada para fraturas da coluna vertebral, quadril, pulso, etc. Na verdade, fraturas da coluna vertebral são o tipo mais comum de fraturas osteoporóticas que existem; e 40% de todas as mulheres acima dos 80 anos de idade terão grande chance de ter. Estas fraturas vertebrais podem alterar permanentemente a forma e a força da coluna vertebral.

   A OSTEOPOROSE é definida como um distúrbio metabólico, caracterizado por uma condição de fragilidade de esqueleto, como resultado da diminuição da densidade mineral de massa óssea, com deterioração da microarquitetura óssea, determinando, assim, um aumento do risco das fraturas traumáticas ou espontâneas.

    A osteoporose é uma doença esquelética, caracterizada por um comprometimento da resistência óssea a partir da perda de massa óssea. Esta doença afeta mais de 28 milhões de pessoas nos Estados Unidos . A cada ano aproximadamente  1,5 milhões de fraturas ocorrem decorrentes da osteoporose, e metade destes casos correspondem  as fraturas  da  coluna  vertebral.

 

    Cerca de 260.000 pacientes são diagnosticados com sua primeira fratura de compressão vertebral dolorosa a cada ano, e o risco de anos desenvolver uma outra  fratura na sequência das primeiras aumenta cerca de cinco vezes. As fraturas da coluna vertebral por osteoporose  afetam  negativamente a função pulmonar. A taxa de mortalidade em 5 após uma fratura vertebral é significativamente maior do que em pacientes sem fratura.

 

   A perda de massa óssea começa por volta dos 30 anos. Embora os homens  possam ser afetados pela osteoporose, as mulheres mais velhas, especialmente aquelas que estão na menopausa apresentam maior incidência de comprometimento osteoporótico. A perda óssea torna-se mais acentuada nas mulheres depois da menopausa por causa da falta de estrogênio.

 

    A maioria das mulheres é propensa a sentir alguns efeitos da osteoporose em sua vida, mas a boa notícia é que muito pode ser feito para reduzir e, até  mesmo prevenir a perda de massa óssea e, consequentemente as fraturas. Na verdade, novos tratamentos para esta doença estão sendo descobertos a cada ano, e você poderá diminuir suas chances de sofrer os efeitos da osteoporose. A  chave da osteoporose é a prevenção.

          Estima-se cerca de 200 milhões de mulheres com osteoporose no mundo. Um estudo com cerca 10 milhões   de pessoas nos Estados  Unidos, de cada  10  pessoas  8 eram mulheres. Afeta  cêrca de  25% das mulheres na  fase  pós-menopausa nos Estados Unidos.

Causas da Osteoporose

   A primeira é a osteoporose primária, que tem dois tipos - (I) e (II). O tipo I é uma perda excessiva do tecido esponjoso do osso (osso poroso). Este tipo de osteoporose é seis vezes mais comum em mulheres que homens, e o início geralmente ocorre nos 15-20 anos após a menopausa. A perda de massa óssea parece estar ligada a uma deficiência de estrogênio em mulheres e uma deficiência de testosterona em homens, e ocorre em razão do envelhecimento. Neste tipo de osteoporose, fraturas da coluna vertebral são habitualmente comuns.

  O tipo II refere-se a uma perda simultânea de ambos os ossos e o exterior do tecido esponjoso no interior do osso. Este tipo é apenas duas vezes mais comum em mulheres do que homens, quando atingem seus 70 e 80 anos. Pensa-se também ser o resultado de uma deficiência de cálcio na dieta, e a diminuição de vitamina D relacionada com a idade, ou o aumento da atividade das glândulas paratireoides (hiperparatiroidismo secundário). As fraturas de quadril são o resultado mais comum deste tipo de osteoporose.

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Osso normal

Osso osteoporótico

    A osteoporose secundária é também conhecida como uma condição de um aumento da taxa de remodelação óssea - ou um aumento na quantidade de osso a ser remodelado. Esta condição provoca um aumento global na taxa de perda de osso. A remodelação óssea é causada por duas funções: (1) a produção de osso novo, e (2) a perda (reabsorção) do osso velho. A quantidade de massa óssea que você tem depende do equilíbrio entre estas funções, que é sua taxa de renovação óssea. Se você tem uma alta taxa de rotatividade, você tem maior risco de desenvolver a osteoporose.

  A osteoporose secundária também pode ter quatro causas hormonais como: 1-Hiperparatiroidismo; 2-Hipertireoidismo; 3-Diabetes; e 4- uso crônico de corticosteróides.

Osso normal

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Osteoporótico

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   Outras doenças que desencadeiam a perda da massa óssea, resultante de uma “osteoporose” secundária são: talassemia; mieloma múltiplo; leucemia; e doenças ósseas metastáticas.

Fatores de risco para osteoporose

    Alguns fatores de risco são simplesmente  de ordem genética, o que significa que você herdou de seus pais biológicos. Alguns riscos são decorrentes de fatores que você pode não ser capaz de evitar, como o uso de medicamentos específicos. Outros fatores são estilo de vida relacionada, ou seja, você tem controle sobre a redução desses fatores de risco.
 

Os fatores de risco mais elevados:
 

Biológicos/Sexo: As mulheres tem maior chance de desenvolver a  osteoporose;
 

Raça: caucasianos e asiáticos são mais propensos;
 

Idade: Uma vez que a perda óssea começa por volta dos 30 anos, à medida que envelhecemos o risco de osteoporose  aumenta;
 

História Familiar: Se familiares sofreram fraturas de quadril ou na coluna vertebral, existe um maior risco de sofrer as mesmas  fraturas;
 

Biotipo da pessoa: pessoas com corpo magro, com um baixo peso corporal para a altura são  mais propensos  a aumentar o risco de osteoporose;
 

Pós-menopausa: mulheres após a menopausa,  quando existe uma redução dos níveis de estrogênio, têm  uma maior chance de aumentar a perda de massa óssea. Há mais risco se as mulheres tiveram uma diminuição da taxa de estrogênio durante a vida;
 

Uso de medicação: Certos medicamentos aumentam o risco de osteoporose porque contribuem para a perda de massa óssea, quando utilizados a longo  prazo. Estes   medicamentos incluem:  esteróides, corticóides inalatórios, drogas antiepilépticas, imunossupressores,   anticoagulantes, terapia de supressão hormonal da  tireóide;
 

Condições nutricionais: Condições como a anorexia nervosa, doença hepática crônica, síndromes de má-absorção, desnutrição  podem aumentar o risco de   osteoporose;
 

Doença endócrina ou metabólica: talassemia, diabetes, hemocromatose;
 

Outros problemas de saúde: Estes incluem: síndrome de Down, mastocitose, mieloma e alguns tipos de câncer, acidose tubular renal, doenças reumatológicas, etc.
 

Fatores de risco de estilo de vida que levam à perda óssea incluem:
 

Baixa ingestão de cálcio: Consumo abaixo de 300 mg por dia (que é igual a um copo de leite);
Baixa (ou não) de vitamina D em sua dieta: A vitamina D vem da luz solar e alimentos como gema de ovo, leite e cereais, e alguns tipos de peixe;

 

A ingestão de cafeína alta: Mais de duas a três xícaras de café por dia é considerado alto se você tem uma baixa ingestão de cálcio;
 

O uso do tabaco: o uso crônico (semanalmente) aumenta os riscos da doença  osteoporótica, e consequentemente  da fratura da coluna vertebral, fêmur, etc.

 

Quais são os sintomas?

 

    Talvez o sintoma mais comum da osteoporose seja a dor decorrente da fratura tipo compressão do corpo vertebral ou a fratura de quadril. As fraturas, muitas vezes, estabilizam por conta própria, e a dor vai embora, mas, às vezes, a dor persiste porque o osso esmagado continua a se movimentar decorrente da fratura e pela sua consolidação.

 

    Em casos graves da osteoporose, como inclinação/flexão anterior, podem ser suficientes para causar uma "fratura/esmagamento" ou fratura por compressão vertebral. Estas fraturas vertebrais causam perda da altura do corpo vertebral e o paciente adquire uma atitude cifótica.

 

Diagnóstico

 

Se você tiver sinais, sintomas e fatores relatados como acima de osteoporose, você deverá consultar um médico. Todas as mulheres devem estar cientes das muitas medidas preventivas a tomar para diminuir o risco de desenvolver osteoporose.

imagem esquemática do corpo vertebral:

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Osso normal

Osso Osteoporótico

Fratura Osteoporótica

    Para o diagnóstico de osteoporose, o médico deverá realizar, inicialmente, um exame físico geral, e medir a altura e o peso corporal.

  Deverá realizar exames laboratoriais, urina, sangue, como dosagem do cálcio, vitamina D, proteínas séricas, fósforo inorgânico, fosfatase alcalina, etc.

 

    A medição da densidade mineral óssea realizada pelo exame de densitometria óssea relata a densidade da sua massa óssea.

   Este teste não é parte de exames de rotina, mas será feito se a osteoporose é suspeita ou se você está em alto risco para a doença.

   Estes testes são feitos para excluir a presença de outra doença que poderá ser a causa da osteoporose secundária. Um hemograma completo poderá contribuir para excluir outras doenças. Nos idosos, testes de função da tireoide, soro e eletroforese de proteínas urinárias devem ser tomados para descartar o hipertireoidismo e o mieloma múltiplo, etc.

   Exames de imagem como Raios-X simples podem ser realizados se sua massa óssea apresenta-se com probabilidades do diagnóstico.

 

Opções de Tratamento e Prevenção

  • CÁLCIO NA INFÂNCIA

  • ESTRÓGENO

  • CÁLCIO PÓS-MENOPAUSA

  • VIT. D OU ANÁLOGOS

  • CALCITONINA (PARENTERAL/INTRANASAL)

  • BIFOSFATOS (ETIDRONATOS/ALENDRONATO)

  • ESTROGENO ANÁLOGOS (TAMOXIFENO/RALOXIFENO)

  • DIETA

 

   Embora não haja cura para a osteoporose, nos últimos anos, muitos tratamentos eficazes e planos de prevenção vêm sendo importantes para minimizar as eventuais consequências. Os mais comuns estão listados abaixo:

 

Cálcio


     A sugestão mais fundamental é aumentar a ingestão de cálcio, seja  por meio de mudanças na dieta ou pílulas suplementares. É melhor iniciar a ingestão adequada de cálcio em uma idade precoce, em torno da idade de 30  anos .Depois de 30 anos de ida-de, o cálcio ajuda a diminuir  a perda óssea, fortalecer os ossos e diminuir o risco de fraturas. A ingestão diária recomendada às  mulheres com 25-50 anos de idade, e  mulheres com mais de 50 anos que realizam a  reposição hormonal, é de 1.000 mg por dia. Mulheres com mais de 50 anos que não  fazem a reposição hormonal deve ter 1.500 mg por dia. Homens com 25-65 anos devem tomar 1.500 mg por dia, e homens e mulheres com mais de 65 devem tomar 1.500 mg por dia. Se você tomar suplementos de cálcio, verifique se eles contêm vitamina D, pois isso ajuda na absorção. Além disso, o citrato de cálcio é absorvido  melhor que  o carbonato de cálcio.

 

Vitamina D


    Uma deficiência de vitamina D poderá contribuir para a perda de massa óssea,e  800 mg por dia é recomendado a todos os adultos. Muitos suplementos de cálcio contêm vitamina D. Você também pode obter vitamina D por meio de alimentos, tais como: gemas de ovos; leite e cereais enriquecidos; peixes, etc.

 

Exercícios

 
    Exercício  4-5  dias por semana, pelo menos  30 minutos, ajuda a reduzir a perda óssea.

 

Medicamentos


   A Terapia de Reposição Hormonal: terapia de reposição / hormônio estrogênio é utilizada  tanto para a prevenção como para tratamento da osteoporose. A reposição hormonal  pode reduzir a perda de osso,aumentar  a densidade óssea da coluna e  qua-dril, e reduzir o risco de fraturas  em mulheres na pós-menopausa.
 

Os bisfosfonatos
 

   Estes compostos inibem  a quebra do osso e retardam a perda óssea. Eles também contribuem para  aumentar a densidade óssea e diminuir o risco de fraturas da coluna como do quadril. O bisfosfonatos  utilizados  para a prevenção e tratamento da osteoporose em mulheres pós-menopausa é o alendronato. O efeito colateral mais forte do alendronato é problemas gastrointestinais. 

 

Calcitonina
 

   É usado para mulheres que não podem ou não querem tomar estrogênio.  A calcitonina pode aumentar a densidade óssea da coluna vertebral e  diminuir a perda óssea. A calcitonina é uma proteína, de modo que não pode ser tomada por via oral  como uma injeção ou pulverização nasal. 
 

   O raloxifeno é o fármaco aprovado para a prevenção da osteoporose. No entanto, seu  impacto sobre a coluna vertebral não parece ser tão poderoso como a terapia de reposição de estrogênio ou alendronato. Não há efeitos colaterais comuns com raloxifeno, mas  as mulheres têm experimentado ondas de calor e trombose venosa profunda.

 

Ibandronato

 
    Trata-se  de uma medicação de última  geração  para controle da osteoporose.

 

Resumo
 

“Lembre-se que  a osteoporose  é  uma  doença altamente evitável e tratável.  Se você está em risco para a osteoporose, por  favor  procure  um  médico para iniciar seu tratamento”.
 

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Dr. João Francisco Crosera

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