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DOR CIÁTICA OU LOMBOCIATALGIA, DOR NA PERNA

Aspectos Gerais


   A dor ciática inicia-se, habitualmente, na região inferior das costas, irradiando-se com maior frequência para a nádega (região glútea) e ao membro inferior, ou seja, para a coxa e/ou perna, ou até o pé. Muitas vezes, a dor é causada por um processo mecânico, decorrente de uma compressão sobre o nervo ciático, resultante de um abaulamento discal, uma protusão ou uma hérnia de disco, até por osteófitos, uma espondilolístese, um canal estreito lombar ou apenas um quadro de tensão muscular após exercício físico, ou uma carga excessiva sobre a coluna vertebral de maior intensidade.

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Nervo ciático via  posterior -sua inervação no membro inferior direito

   Na maioria das vezes, este quadro álgico melhora com repouso, fisioterapia e outras medidas de autoatendimento. A dor crônica e sem melhora com tratamento conservador, com incapacidade para realizar as atividades diárias habituais e profissionais, onde observamos déficits neurológicos, exames de imagem que demonstram importantes alterações correlacionadas com a síndrome dolorosa podem ser elementos que direcionem até para o tratamento cirúrgico da coluna vertebral.

Características de dor na perna

 
   A dor na perna pode variar de intensidade, de leve à grave, podendo ser aguda ou crônica e irradiar-se para todo o membro inferior, na face anterior, posterior, ou lateral dos segmentos do membro.

 

    A dor ciática aguda ocorre de maneira súbita, e geralmente, melhora dentro de alguns dias ou semanas. A gravidade está diretamente relacionada à lesão tecidual. A dor pode ser resultante do comprometimento das articulações da coluna vertebral, dos discos intervertebrais, dos nervos, dos músculos, e até dos ligamentos que sustentam e protegem a coluna vertebral, ou seja, a medula e as raízes neurais.

 

   A dor ciática crônica, que persiste por mais de 3 meses, pode tornar o diagnóstico difícil. A dor crônica pode ser constante ou piorar com determinadas atividades.

Quais são os sintomas?


   Os sinais e sintomas de uma dor lombar podem ser: rigidez, sensação de aperto, pressão, ardor, pontadas, fisgadas, adormecimento, formigamento, perda de sensibilidade, espasmos musculares, perda de força da perna, pé e dedos do pé. 

 

    A dor pode irradiar-se para as nádegas, coxas, pernas e pés. Os sintomas são mais perceptíveis quando fletir, estender ou lateralizar as costas, ao levantar objetos pesados, ou quando sentado, ou em pé por longos períodos de tempo.

 

  Quando o quadro de lombociatalgia, ou seja, a dor presente no membro inferior unilateral ou bilateralmente, comprometendo a coxa, pernas, estiver associado com fraqueza nas pernas, ou até mesmo o pé caído, alterações da função da bexiga, perda de urina, ou intestino, etc., esta condição é conhecida neurologicamente como síndrome da cauda equina, e um médico especialista, como neurocirurgião, deverá ser consultado imediatamente para realizar o diagnóstico do quadro apresentado.

Quais são as causas?


   O excesso de peso corporal, a sobrecarga sobre a coluna vertebral, a falta de exercício físico, a má postura, cargas físicas impróprias sobre a coluna vertebral podem contribuir com a lombociatalgia.


   Alguns exemplos abaixo que causam dor lombar aguda irradiada para os membros inferiores são:


•     Tensão muscular: pode decorrer de uma atividade esportiva, pegar um peso excessivo ou uma queda, ou uma atividade extenuante, como alongar excessivamente os músculos e os ligamentos em academias esportivas, etc. A falta de exercício físico aumenta o risco desta dor nas costas;
 

•   Alterações do disco intervertebral: abaulamento, uma protusão ou hérnia de disco intervertebral (hérnia do núcleo pulposo);

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“Hérnia de  Disco Lombar  L4-L5- causa mais  habitual de lombociatalgia”

•     Estenose do canal lombar;

 

•     A osteoartrite (doença degenerativa do disco intervertebral);

 

•  Espondilolístese: é uma fraqueza ou fratura por estresse nas articulações vertebrais, onde pode ocorrer um escorregamento de uma vértebra sobre a outra e, assim, desencadear uma compressão das raízes neurais espinhais;

•     Lesões traumáticas: as fraturas podem comprimir as raízes neurais, a medula;

•     Síndrome do piriforme: aperto ou espasmo do músculo piriforme pode comprimir a raíz neural;

•  Lesões tumorais: próprias da coluna vertebral (osso) ou secundárias (metástases, tumores primários em outras localizações do corpo), ou tumores dos nervos, ou lesões intradurais, ou intramedulares, etc.;

•    Quadros infecciosos, como as espondilodiscites, infecção que compromete o disco intervertebral e os platôs ósseos dos corpos vertebrais podem manifestar-se com dor em membros inferiores, tipo lombociatalgia; e

 

•    A dor sacro-ilíaca pode estar presente, mas não resulta em dor nos membros inferiores. E muitos outros.

Como é feito o diagnóstico?


   Uma história clínica da moléstia atual, um exame físico clínico e neurológico cuidadoso e especializado, mediante a sintomatologia apresentada pelo paciente e correlacionados à coluna vertebral irão auxiliar para que o diagnóstico possa ser estabelecido, com exames complementares e, assim, dar condições às orientações e às opções de tratamento.

 

   A avaliação diagnóstica inclui história clínica, exame físico e neurológico (testes para avaliar a força muscular e reflexos são usados), exame da coluna vertebral com observações propedêuticas, exames de imagem (por exemplo, raios-x simples e funcional da coluna vertebral, tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética) e exames neurofisiológicos (como eletroneuromiografia, potencial evocado) podem contribuir para o diagnóstico.

Quais são os tratamentos disponíveis?


    Para uma melhora do quadro apresentado, deve-se sempre iniciar com cuidados conservadores e estratégias não cirúrgicas. O objetivo inicial é minimizar o problema, o quadro álgico e restaurar a função; prevenir uma possível recidiva do quadro mediante conhecimento do exame neurológico, e diagnósticos, como exames de imagem.
 

   Cuidados pessoais: a dor ciática poderá ser minimizada com o repouso, calor local, massagem terapêutica e alongamentos suaves, analgésicos, anti-inflamatórios, e miorrelaxantes. Reduzir a inflamação muscular e a dor usando, eventualmente, gelo local pode ajudar. Se o tratamento inicial não funcionar nas primeiras horas, você deverá procurar um serviço médico especializado.


   Dentre os medicamentos, os esteróides podem reduzir o inchaço e a inflamação dos nervos, e os miorrelaxantes, melhorar o quadro de tensão muscular.
   

   A fisioterapia é recomendada na fase inicial do processo inflamatório do nervo ciático que compromete o membro inferior. Na região lombar, recomenda-se uma programação, inicialmente, leve e tipo analgésica, com aparelhos. A terapia física poderá ajudá-lo a retornar à atividade diária quando observarmos uma melhora do quadro álgico. Os fisioterapeutas mostrarão técnicas adequadas para levantar-se, caminhar, e de exercícios de fortalecimento e alongamento dos músculos comprometidos.

   Cirurgia: Na maioria das vezes, o tratamento cirúrgico é menos frequente.

 
   A indicação do tratamento cirúrgico será conduzida pelo seu médico especialista, quando demonstrados em seu exame clínico-neurológico a presença de um quadro de dor importante, acompanhado de perda da força muscular/fraqueza na coxa, pernas, pé, dedo maior do pé, alterações dos reflexos, sinais de irritação das raízes neurais, perda da sensibilidade, etc., decorrentes: de alterações observadas nos exames de imagem, como: a presença de uma hérnia de disco com sinais expressivos de compressão, que se correlacionam com o exame neurológico, ou na existência de síndrome da cauda equina, alteração compressiva das raízes neurais ou medular importante, que não tenham sido resolvidas após um tratamento conservador, com analgésicos e miorrelaxantes, fisioterapia, repouso, etc., onde o quadro demonstrado é uma lesão puramente cirúrgica. 
   

   A cirurgia para hérnia de disco, conhecida como discectomia microcirúrgica (utilização de microscópio cirúrgico para realizar esta cirurgia), tem como objetivo remover a porção do disco intervertebral que comprime o nervo espinhal e, consequentemente, é o responsável pela dor-lombociatalgia e pelo déficit neurológico. As pessoas com estenose do canal lombar podem se beneficiar de uma descompressão dos nervos e do segmento medular envolvido.


    A recuperação, para retornar a uma atividade de trabalho regular e até de maneira rápida é, muitas vezes, demorada, pois o processo inflamatório que se observa nesta região muscular não se resolve em 1 - 2 dias. 
   

    A prevenção é fundamental para evitar a recorrência: melhorar a postura diária, com levantamento adequado; evitar sentar por longos períodos; uma boa postura durante o período sentado no trabalho, na escola, em pé, em movimento, e dormindo em posições adequadas são fundamentais para evitar a recorrência destes quadros álgicos. A manutenção de exercício físico regular, com alongamento e fortalecimento (Reeducação da Postura (RPG) - Pilates); ter uma área de trabalho ergonômica; boa nutrição, peso saudável e massa corporal magra, procurar minimizar a tensão, o estresse, evitar o tabagismo, são elementos profiláticos de grande importância em nossa vida diária para prevenção de danos à coluna vertebral e, consequentemente, dor nas costas, e evitar síndromes dolorosas da dor ciática, resultante de uma hérnia de disco ou doenças compressivas desta localização anatômica.
 

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-Dor lombar- Dor na perna = repouso = massagem = medicação = exercícios leves = fisioterapia analgésica = infiltrações próprias p/ coluna vertebral conforme resultado de imagem = prevenção com melhora da postura (rpg/pilates/natação, etc.) = perda de peso/nutrição .
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Ergonomia no  nosso dia - dia = prevenção
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Dr. João Francisco Crosera

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